sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Adolescentes: como conviver com a Doença Celíaca


23 de fevereiro de 2018 | BLOG
https://www.celiacosmadrid.org/

Tradução / Adaptação: Raquel Benati

A adolescência é uma fase complicada e se você é celíaco isso pode levar a algumas dificuldades adicionais. Às vezes, a condição pode ser um limite para as atividades do adolescente e, por esse motivo, pode aparecer uma rejeição da situação.

Conhecer as peculiaridades gerais desse estágio é o primeiro passo para os pais entenderem e reagirem a certos comportamentos dos jovens, principalmente no caso de seguir uma dieta sem glúten. Portanto, analisaremos essas características da adolescência e sua relação com a doença celíaca.

O egocentrismo é característico dessa idade, de modo que a condição pode ser vivida emocionalmente como um drama ou apresentando comportamentos compulsivos de medo de comer glúten acidentalmente e, assim, limitando sua vida social.

As relações familiares tomam uma dimensão especial nesta época e o "fosso entre gerações" que surge entre adolescentes e adultos também merece uma análise no caso de doença celíaca. Nesse caso, é essencial que exista um relacionamento saudável com o contexto familiar para facilitar que o adolescente compartilhe e canalize seus problemas e medos. E por um relacionamento saudável, não entendemos a ausência de conflitos entre pais e filhos, algo que é essencial e inevitável durante a adolescência.

Outra das chaves que a adolescência apresenta é o círculo social. A participação no grupo é muito positiva para o adolescente, mas se isso implica uma influência negativa, pode ter consequências e levar a problemas na manutenção da dieta livre de glúten.

Durante o período da adolescência, a tomada de decisão é uma faceta fundamental para o amadurecimento, o que significa ter a capacidade de definir prioridades e objetivos. Fatores externos, como identidade ou pressão do grupo, também entram em jogo nessa tomada de decisão. Portanto, saber lidar com situações e resolver problemas afeta diretamente o gerenciamento da dieta sem glúten.

A autoestima também desempenha um papel importante no estágio da adolescência, uma vez que uma visão positiva de si mesmo permite que o adolescente lide adequadamente com a doença celíaca e a dieta sem glúten.

Mas se há algo que preocupa os pais de adolescentes celíacos durante esse estágio, são as possíveis transgressões na dieta. Se forem feitas voluntariamente, devemos analisar as causas que os motivaram, podendo diferenciar duas situações:

  • Ameaças de ingestão , que geralmente ocorrem em resposta a frustrações ou para manipular um adulto para obter alguma coisa.
  • Transgressão completa. Nesse caso, o comportamento do adolescente responde a uma provocação ou oposição ao adulto, ao mesmo tempo em que pode ser causado por pressão do grupo ou pela atração do "proibido".


Concluindo: para ajudar os adolescentes com a doença celíaca, precisamos trabalhar em três pilares

1- proporcionar a eles aumento da autoestima, para que tenham a segurança necessária para enfrentar situações;  
2- gerar autonomia para aprender a gerenciar adequadamente sua dieta sem depender de terceiros e  
3- criar uma boa comunicação que construa confiança.





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